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Determinação do Teor em Água

Procedimento de ensaio detalhado com instruções passo a passo para laboratórios e profissionais técnicos.

Ilustração: Determinação do Teor em Água
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Objetivo

Determinar o teor de umidade (teor em água) de solos, agregados e outros materiais geotécnicos através do método de secagem em estufa. O teor de umidade é definido como a razão entre a massa de água presente na amostra e a massa dos sólidos secos, sendo um parâmetro fundamental para caracterização e controle de qualidade em obras geotécnicas, servindo como base para diversos outros ensaios e para o controle de compactação em campo.

Normas Aplicáveis

Normas aplicáveis conforme o procedimento.

Equipamentos e Materiais Necessários

  • - Balança:
  • • Precisão de 0,01g para amostras com massa até 200g
  • • Precisão de 0,1g para amostras com massa superior a 200g
  • • Capacidade adequada ao tamanho da amostra (tipicamente 500g a 2000g)
  • - Estufa:
  • • Ventilada, com circulação forçada de ar
  • • Controle termostático capaz de manter temperatura de 105±5°C
  • • Termômetro para verificação da temperatura interna
  • • Capacidade adequada para o número de amostras
  • - Cápsulas:
  • • Material: metal, vidro ou porcelana
  • • Resistentes à temperatura de 110°C
  • • Preferencialmente com tampa
  • • Tamanhos variados conforme quantidade de amostra
  • • Identificação permanente (numeração ou marcação)
  • - Dessecador:
  • • Câmara hermética com placa perfurada
  • • Agente dessecante ativo (sílica-gel)
  • • Indicador de umidade no dessecante
  • • Dimensões adequadas para acomodar as cápsulas utilizadas
  • - Equipamentos auxiliares:
  • • Pinças ou luvas térmicas para manuseio de cápsulas quentes
  • • Espátulas para manipulação das amostras
  • • Cronômetro ou temporizador
  • • Marcador permanente ou etiquetas resistentes ao calor

Preparação da Amostra

Preparação da amostra conforme o procedimento específico.

Precauções de Segurança

  • Utilize equipamentos de proteção individual adequados. Siga as precauções de segurança específicas do procedimento.

Procedimento Passo a Passo

  1. 1. Preparação do equipamento:
  2. a. Limpar e secar completamente as cápsulas a serem utilizadas
  3. b. Identificar cada cápsula com marcação permanente
  4. c. Verificar a calibração da balança (precisão mínima de 0,01g)
  5. d. Pré-aquecer a estufa à temperatura de 105-110°C
  6. e. Preparar o dessecador com sílica-gel ativa (coloração azul)
  7. 2. Seleção da amostra:
  8. a. Selecionar amostra representativa do material a ser ensaiado
  9. b. Para solos finos: mínimo de 30g
  10. c. Para solos com pedregulhos: mínimo de 300g
  11. d. Para solos orgânicos: mínimo de 50g
  12. e. Em caso de material heterogêneo, aumentar a quantidade da amostra
  13. f. Coletar a amostra rapidamente para minimizar perda de umidade
  14. 3. Pesagem inicial:
  15. a. Pesar a cápsula vazia e limpa (m1)
  16. b. Registrar a massa com precisão de 0,01g
  17. c. Transferir a amostra para a cápsula imediatamente
  18. d. Distribuir o material em camada fina e uniforme
  19. e. Pesar o conjunto cápsula + amostra úmida (m2)
  20. f. Registrar a massa com precisão de 0,01g
  21. 4. Secagem na estufa:
  22. a. Remover a tampa da cápsula (se houver)
  23. b. Colocar a cápsula com amostra na estufa pré-aquecida
  24. c. Verificar que a cápsula está estável e não há risco de derramamento
  25. d. Manter a temperatura constante entre 105°C e 110°C
  26. e. Tempo de secagem:
  27. - Para solos arenosos: mínimo de 4 horas
  28. - Para solos argilosos: mínimo de 16 horas
  29. - Para solos orgânicos: mínimo de 24 horas
  30. 5. Resfriamento controlado:
  31. a. Após o período de secagem, retirar a cápsula da estufa
  32. b. Transferir imediatamente para o dessecador
  33. c. Fechar o dessecador e aguardar resfriamento até temperatura ambiente
  34. d. Tempo aproximado de resfriamento: 30 a 60 minutos
  35. e. Verificar que não há condensação no interior do dessecador
  36. 6. Pesagem final:
  37. a. Após resfriamento completo, pesar o conjunto cápsula + amostra seca (m3)
  38. b. Registrar a massa com precisão de 0,01g
  39. c. Para amostras maiores que 200g, a precisão pode ser de 0,1g
  40. 7. Verificação da secagem completa (opcional):
  41. a. Retornar a amostra à estufa por um período adicional (2 a 4 horas)
  42. b. Repetir os procedimentos de resfriamento e pesagem
  43. c. Se a diferença entre pesagens consecutivas for menor que 0,1%, considerar a secagem completa
  44. d. Caso contrário, repetir o ciclo até estabilização
  45. 8. Cálculos:
  46. a. Calcular a massa de água presente na amostra: mw = m2 - m3
  47. b. Calcular a massa de sólidos secos: ms = m3 - m1
  48. c. Calcular o teor de umidade: w (%) = (mw / ms) × 100
  49. d. Expressar o resultado com precisão de 0,1%
  50. 9. Para materiais especiais:
  51. a. Solos com gesso: temperatura de secagem de 80°C
  52. b. Solos orgânicos: registrar o odor e coloração durante a secagem
  53. c. Solos com substâncias voláteis: utilizar método de destilação
  54. d. Documentar qualquer procedimento especial utilizado
  55. 10. Repetibilidade e precisão:
  56. a. Realizar no mínimo duas determinações para cada amostra
  57. b. A diferença máxima aceitável entre determinações:
  58. - Solos arenosos: 0,5% absolutos
  59. - Solos argilosos: 1,0% absolutos
  60. c. Calcular e reportar o valor médio das determinações
  61. d. Se a diferença exceder os limites, repetir o ensaio

Cálculos e Análise de Resultados

Cálculos e análises conforme especificado no procedimento.

Referências/Bibliografia

Referências conforme indicado no procedimento original.

Última atualização: 23/05/2025

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