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Estudo de Composição de Betão

Procedimento de ensaio detalhado com instruções passo a passo para laboratórios e profissionais técnicos.

Ilustração: Estudo de Composição de Betão
Procedimentos de Ensaio 16 visualizações

Objetivo

Desenvolver uma dosagem racional de concreto que atenda às especificações técnicas de resistência, durabilidade e trabalhabilidade, considerando os materiais disponíveis e as condições de aplicação. Este estudo estabelece as proporções ótimas entre cimento, agregados, água e aditivos para obter um concreto econômico e que satisfaça todos os requisitos de projeto, tanto no estado fresco quanto no estado endurecido.

Normas Aplicáveis

Normas aplicáveis conforme o procedimento.

Equipamentos e Materiais Necessários

  • - Equipamentos para caracterização dos materiais:
  • • Conjunto de peneiras para análise granulométrica
  • • Agitador mecânico de peneiras
  • • Balança com precisão de 0,1g
  • • Estufa com controle de temperatura (105-110°C)
  • • Frasco Chapman para determinação de massa específica
  • • Conjunto para determinação do teor de materiais pulverulentos
  • • Aparelho para ensaio de abrasão Los Angeles
  • • Picnômetro para determinação da massa específica da areia
  • - Equipamentos para produção de concreto:
  • • Betoneira de laboratório com capacidade mínima de 120 litros
  • • Balanças com capacidades adequadas para pesar os materiais
  • • Recipientes calibrados para medição de água
  • • Termômetro para controle da temperatura
  • • Cronômetro
  • - Equipamentos para ensaios no estado fresco:
  • • Cone de Abrams para ensaio de abatimento
  • • Haste de compactação
  • • Recipiente para determinação da massa específica
  • • Aparelho para determinação do teor de ar incorporado
  • - Equipamentos para moldagem e cura:
  • • Moldes cilíndricos (10×20cm ou 15×30cm)
  • • Mesa vibratória ou haste de adensamento
  • • Câmara úmida com controle de temperatura e umidade
  • • Tanque de cura com água saturada com cal
  • - Equipamentos para ensaios no estado endurecido:
  • • Prensa hidráulica para ensaio de compressão
  • • Máquina para ensaio de tração por compressão diametral
  • • Equipamento para determinação do módulo de elasticidade
  • • Retificadora de corpos de prova
  • - Acessórios diversos:
  • • Pás e colheres para manuseio dos materiais
  • • Bandejas metálicas
  • • Dispositivos para capeamento (enxofre ou neoprene)
  • • Material para identificação dos corpos de prova

Preparação da Amostra

Preparação da amostra conforme o procedimento específico.

Precauções de Segurança

  • Utilize equipamentos de proteção individual adequados. Siga as precauções de segurança específicas do procedimento.

Procedimento Passo a Passo

  1. 1. Estudo preliminar:
  2. a. Definir os requisitos do concreto:
  3. - Resistência característica à compressão (fck)
  4. - Classe de agressividade ambiental
  5. - Características específicas (bombeabilidade, resistência a sulfatos, etc.)
  6. b. Analisar as condições de aplicação:
  7. - Dimensões dos elementos estruturais
  8. - Densidade de armadura
  9. - Métodos de lançamento e adensamento
  10. c. Definir parâmetros iniciais:
  11. - Relação água/cimento máxima (a/c)
  12. - Consumo mínimo de cimento
  13. - Abatimento (slump) desejado
  14. - Dimensão máxima do agregado
  15. 2. Caracterização dos materiais:
  16. a. Cimento:
  17. - Tipo e classe de resistência
  18. - Massa específica
  19. - Superfície específica Blaine
  20. - Tempo de pega
  21. - Resistência à compressão em diferentes idades
  22. b. Agregados miúdos:
  23. - Módulo de finura
  24. - Curva granulométrica
  25. - Massa específica e massa unitária
  26. - Teor de materiais pulverulentos
  27. - Impurezas orgânicas
  28. c. Agregados graúdos:
  29. - Dimensão máxima característica
  30. - Curva granulométrica
  31. - Massa específica e massa unitária
  32. - Índice de forma
  33. - Resistência à abrasão Los Angeles
  34. d. Água:
  35. - Verificar se atende aos requisitos de potabilidade
  36. - Análise química se necessário
  37. e. Aditivos:
  38. - Tipo e dosagem recomendada pelo fabricante
  39. - Compatibilidade com o cimento
  40. - Efeitos nas propriedades do concreto fresco e endurecido
  41. f. Adições:
  42. - Tipo (sílica ativa, metacaulim, cinza volante, etc.)
  43. - Características físicas e químicas
  44. - Influência na resistência e durabilidade
  45. 3. Cálculo da dosagem pelo método ABCP (Adaptado de ACI):
  46. a. Determinação da resistência de dosagem (fcj):
  47. - fcj = fck / 0,85 + margem de segurança
  48. b. Definição da relação água/cimento:
  49. - Consultar curvas de Abrams para o cimento utilizado
  50. - Considerar também requisitos de durabilidade (NBR 6118)
  51. c. Determinação do consumo de água:
  52. - Baseado na dimensão máxima do agregado e abatimento desejado
  53. - Consultar tabelas de referência do método
  54. d. Cálculo do consumo de cimento:
  55. - C = consumo de água / (a/c)
  56. e. Determinação da proporção de agregados:
  57. - Calcular o volume de agregado graúdo com base na dimensão máxima e módulo de finura da areia
  58. - Determinar o volume de agregado miúdo por diferença
  59. f. Cálculo da proporção em massa:
  60. - Converter volumes para massa usando as massas específicas
  61. - Expressar o traço na forma 1 : a : b : a/c (cimento : areia : brita : água/cimento)
  62. 4. Ajuste do método IPT/EPUSP:
  63. a. Determinação do teor de argamassa seca (α):
  64. - Iniciar com valores entre 51% e 54%
  65. - α = (c + a)/(c + a + b), onde c, a e b são as massas de cimento, areia e brita
  66. b. Procedimento laboratorial para ajuste do teor de argamassa:
  67. - Preparar mistura com teor inicial
  68. - Avaliar trabalhabilidade, segregação e exsudação
  69. - Ajustar incrementalmente (+1% a +2%) até obter mistura coesa e trabalhável
  70. c. Confecção de misturas com diferentes relações a/c:
  71. - Geralmente três valores (rico, médio e pobre)
  72. - Manter o teor de argamassa constante
  73. d. Moldagem e cura de corpos de prova:
  74. - Mínimo 6 corpos de prova para cada traço
  75. - Cura úmida em câmara úmida ou tanque
  76. e. Ensaios de resistência à compressão:
  77. - Ensaiar nas idades especificadas (geralmente 3, 7 e 28 dias)
  78. - Calcular a resistência média para cada traço e idade
  79. 5. Análise de resultados e curvas de dosagem:
  80. a. Construção da curva de Abrams:
  81. - Relação água/cimento × resistência à compressão
  82. b. Construção da Lei de Lyse:
  83. - Relação água/cimento × relação agregados/cimento (m)
  84. c. Construção da Lei de Molinari:
  85. - Relação consumo de cimento × relação agregados/cimento (m)
  86. d. Determinação do traço final:
  87. - Interpolar a partir da resistência de dosagem (fcj)
  88. - Verificar consumo mínimo de cimento
  89. - Ajustar para a relação a/c máxima permitida
  90. 6. Ajustes finais e validação:
  91. a. Produção de concreto com o traço final:
  92. - Verificar o abatimento (slump)
  93. - Avaliar coesão, trabalhabilidade e bombeabilidade
  94. b. Moldagem de corpos de prova para validação:
  95. - Ensaiar nas idades de interesse
  96. - Verificar se atende à resistência especificada
  97. c. Ajustes finais se necessário:
  98. - Teor de aditivo
  99. - Proporção de agregados
  100. - Teor de argamassa
  101. d. Documentação completa do estudo:
  102. - Traço final em massa e volume
  103. - Consumo de materiais por m³
  104. - Resultados de ensaios
  105. - Recomendações para produção

Cálculos e Análise de Resultados

Cálculos e análises conforme especificado no procedimento.

Referências/Bibliografia

Referências conforme indicado no procedimento original.

Última atualização: 23/05/2025

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